Friday, September 5, 2008

Viagem

Quem me dera ver o mundo que há para ver,
Desta varanda sobre a minha rua sem saída.
Perímetro exterior da minha alma corroída,
Onde minha vida se vai deixando entorpecer.

Queria ser aquele ponto luzidio que cintilante
Desafia a noite, o breu do mundo com ousadia.
Que torna a tempestade que em mim ruge em calmaria
E me transporta numa ida eterna e delirante.

Por entre rudes vagas vejo o horizonte obscuro.
De inseguras amuradas vejo negras naus, navios errantes,
Que rumam indiferentes para portos tão distantes,
E para longe e tarde levam meu senil futuro.


O Nostálgico

1 comment:

Sentir said...

"...Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou...."