Vertiginosa insanidade que há em mim...
Nada acontece fora de mim.
Tudo se passa dentro de mim.
E tudo é tanto, e tanto assim
em mim findando sem ter fim.
Por mais que queira, não consigo
querer dizer as coisas que não digo,
gritar os gritos que cá dentro grito.
E com a alma muda, a latejar, fatigo
este corpo estranho que vive comigo.
Rodopiando à minha volta, moribundo,
eu sou o círculo e sou eu que o circundo.
Vertiginosa insanidade onde são me afundo.
Não encontro o meu sentido neste mundo
e dele me afasto, ensandecido vagabundo...
O Nostálgico
Thursday, September 11, 2008
Friday, September 5, 2008
Viagem
Quem me dera ver o mundo que há para ver,
Desta varanda sobre a minha rua sem saída.
Perímetro exterior da minha alma corroída,
Onde minha vida se vai deixando entorpecer.
Queria ser aquele ponto luzidio que cintilante
Desafia a noite, o breu do mundo com ousadia.
Que torna a tempestade que em mim ruge em calmaria
E me transporta numa ida eterna e delirante.
Por entre rudes vagas vejo o horizonte obscuro.
De inseguras amuradas vejo negras naus, navios errantes,
Que rumam indiferentes para portos tão distantes,
E para longe e tarde levam meu senil futuro.
O Nostálgico
Desta varanda sobre a minha rua sem saída.
Perímetro exterior da minha alma corroída,
Onde minha vida se vai deixando entorpecer.
Queria ser aquele ponto luzidio que cintilante
Desafia a noite, o breu do mundo com ousadia.
Que torna a tempestade que em mim ruge em calmaria
E me transporta numa ida eterna e delirante.
Por entre rudes vagas vejo o horizonte obscuro.
De inseguras amuradas vejo negras naus, navios errantes,
Que rumam indiferentes para portos tão distantes,
E para longe e tarde levam meu senil futuro.
O Nostálgico
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