Quero-te e não te posso ter.
Tenho-te e não te posso querer.
E vou assim inconsciente sendo um,
Que consciente tenta ser um outro.
Presa e predador do meu desejo
de não te poder desejar.
Semente adulta nado-morta
ardendo em flor,
sem poder desabrochar.
E fecho os olhos para ver os teus,
que os meus abertos não conseguem ver.
Alvorada grandiosa que anoitece
Antes de ser.
Prefácio eterno de te querer,
Com que sacio a fome
De jamais te poder ter...
O Nostálgico
Tuesday, January 29, 2008
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3 comments:
..vivemos com o dilema..mas quando fechamos os olhos temos o que queremos e queremos o que temos..tão melodiosa esta tua nostalgia!!
C
retratas muito bem a ambivalência que nos corrói, especialmente aos mais "nostálgicos". Entendo-te tão bem... e tu escreveste-o tão bem...
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