Friday, January 11, 2008

Procuro-te!

Procuro-te!

Desesperado,
ordenei uma rusga ao meu coração,
mas acabaram de me informar
que não te encontraram.

Amores cinzentos, turbulentos,
Cicatrizes, meretrizes
e paixões devassas, embora escassas
era tudo o que restava
neste salobro alçapão.

De ti nem um sinal, porque afinal
partiras, logo que conseguiras
uma artéria para longe da miséria
em que eu tinha transformado
a tua inocente paixão.

De ti, ainda assim, marcado em mim
ficou apenas o teu olhar, a sussurrar
a despedida, mão dorida
num aceno, amarga sentença
de infinita solidão.

Procuro-te!
Procuro-te até aos limites desta certeza de que não te vou encontrar.
Arrependido, dentro de mim tudo chora.
Alienado, fora de mim tudo é passado.


O Nostálgico

1 comment:

Sentir said...

..mas essa prcura mantén-nos vivos..
beijo